6 de junho de 2006

Coridora Panda (Corydoras panda)

Tal como havia mencionado, a ficha da Corydoras panda, em que estava a trabalhar está agora completa e à disposição de todos os admiradores destes simpaticíssimos animais! :P

Coridora Panda (Corydoras panda)

Nijssen & Isbrucker, 1971

Duas Corydoras panda descansam juntas.

Ordem: Siluriformes.

Família: Callichthyidae.

Sinónimos: Não são conhecidos.

Sinónimos comuns: Não são conhecidos.

Origem: Do Peru, da alta bacia do Amazonas. Também pode ser encontrada nos seguintes rios: Rio Aquas, Rio Amarillas, e no sistema do Rio Ucayali.

Habitat natural: As condições do rio onde foi identificada pela primeira vez (o Lullapichis, do sistema do Ucayali) eram as seguintes: um pH de 7.7 e uma dureza total de 3.1 dGH, a temperatura da água variava entre os 23.5° C durante o dia e descendo durante a noite para os 22.5° C. Ou seja, prefere geralmente águas um pouco mais frias do que o que é normal em espécies tropicais, visto que é originária dos rios nas encostas dos Andes onde as águas são mais frias e com alguma corrente.

Descrição: São pequenos peixes com um aspecto curto e encorpado, cujo corpo é constituído por placas ósseas articuladas. O corpo tem uma coloração entre um amarelo muito claro e um bege rosado muito claro também, excepto no pedúnculo da barbatana caudal, na barbatana dorsal e junto aos olhos, onde tem pequenas manchas negras, que nas junto aos olhos têm a forma de listas. Têm junto à boca dois pequenos barbilhos. As barbatanas dorsal e peitorais possuem espinhas. Os opérculos têm um aspecto brilhante.

Comprimento máximo: 4 cm nos machos e 6 cm nas fêmeas.

Dimorfismo sexual: Não é muito pronunciado, no entanto as fêmeas são maiores e mais largas, especialmente se vistas de cima. O macho tem uma forma mais esguia.

Esperança de vida: O comum é viverem cerca de 5 anos mas podem, em condições óptimas, viver cerca de 10 anos.

Temperatura: 19 a 28 ºC, sendo no entanto a amplitude em que se sentem mais confortáveis entre os 21 e os 25 ºC.

pH: Ligeiramente ácido a ligeiramente alcalino, 6 – 8. O pH ideal será um neutro, o mais próximo possível do 7.

Dureza da água: Macia a moderadamente dura, 2 – 12° dGH.

Dieta: São omnívoros, podem ser alimentado com flocos de alta qualidade e devem ser alimentadas em boa medida com pastilhas de fundo. Também apreciam larvas vermelhas e tubifex.

Horas de actividade: São diurnos.

Aquário: Por esta espécie de Coridoras não atingir um grande tamanho um pequeno grupo (cerca de 6) pode ser mantido em aquários relativamente pequenos, de cerca de 20 litros e sem mais peixes. Em aquários comunitários maiores podem ser mantidos grupos maiores. O aquário deve ser muito bem arejado e ter alguma corrente. O areão não deve ter arestas cortantes onde as Coridoras possam ferir os barbilhos que constantemente percorrem o fundo do aquário em busca de comida. Além disso deve ter alguns abrigos onde os animais possam descansar, algo que normalmente fazem em grupo.

Zonas do aquário: Fundo (com ocasionais corridas até a superfície para respirarem).

Sociabilidade: São peixes extremamente sociais que devem ser mantidos em grupos de pelo menos 6 congéneres, ou pelo menos outras corydoras de tamanho idêntico. São dos peixes mais pacíficos que se pode colocar num aquário comunitário. Podem ser por vezes tímidas ou assustadiças se não foram mantidas em grupo ou se foram mantidas com peixes agressivos.

Variedades: Não são conhecidas. É, no entanto, muitas vezes confundida com outras espécies de coridoras como a Corydoras melini, Corydoras adolfoi, Corydoras davidsandi, ou Corydoras metai por exemplo.

Reprodução: É uma espécie ovípara e não muito difícil de reproduzir, desde que se verifiquem condições da água e uma dieta favoráveis. Trocas parciais de água a uma temperatura inferior da que se encontra no aquário ou alimentação com comida viva podem induzir à postura. Para proceder à reprodução deve-se, idealmente, isolar um pequeno grupo, de um macho e duas ou mais fêmeas (deste grupo irá emergir um casal), num tanque próprio de, pelo menos, uns 40 litros. O aquário deve ter algumas plantas (mas preferencialmente Musgo de Java ou Feto de Java) onde os ovos possam aderir já que as coridoras preferem colocar os ovos em folhas de plantas que preparam e limpam para o efeito, do que no fundo do aquário – o fundo do tanque pode ser despido ou coberto com areia fina. Em adição, um pequeno filtro apenas com esponja e um bom arejamento da água proporcionam, em princípio, o conjunto das condições necessárias para uma reprodução bem sucedida.
Após formarem um par, o macho e a fêmea procedem a um enérgico ritual de acasalamento com o macho a posicionar-se sobre a fêmea na perpendicular, numa posição em “T”. A fêmea carrega os ovos junto ás barbatanas peitorais e apenas um de cada vez. É das espécies de coridoras que menos ovos põe a cada postura, e estas normalmente ocorrem por altura do “crepúsculo”, um pouco antes ou depois das luzes se apagarem.
O comportamento dos pais no que respeita a comerem ou não os ovos e aos alevins pode ser imprevisível, pelo que é aconselhável remover os animais adultos do aquário após a postura. Os ovos eclodem entre 3 a 6 dias após a postura. Os alevins devem então ser criados em tanques rasos, como coridoras que são vão necessitar de subir a superfície ocasionalmente em busca de ar, dada a sua pequena dimensão e estado de desenvolvimento essa tarefa deve ser facilitada mais possível. Os alevins devem inicialmente ser alimentados com infusória e náuplios de artémia, passado algum tempo podem começar a comer pequenos flocos. Após cerca de 5 dias as pequenas coridoras começam a vasculhar o fundo do tanque em busca de comida.

Comportamento: São uma espécie activa, muito social e gregária entre si e outras coridoras, e nada agressiva para companheiros de aquário. Devem ser mantidos grupos de 6 indivíduos no mínimo, uma vez aclimatados passarão a maior parte do seu tempo vasculhando o fundo do aquário em grupo buscando comida ou descansando, de preferência, numa zona coberta do aquário. De vez em quando nadam num movimento repentino até a superfície do aquário para absorverem ar.

História e Curiosidades: Foi capturada pela primeira vez por num pequeno arroio junto ao Rio Lullapichis, do sistema do Ucayali, em 1969 e descrita em 1971 por Nijssen e Isbrücker. O seu nome específico, panda, faz alusão as semelhanças da sua coloração com a dos ursos Panda.

1 comentário:

AQUARIOMANIA disse...

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MARCELO