10 de julho de 2006

Setup nº5 - Nano "Biótopo" de Água Fria

Estou finalmente de férias e novamente com tempo para dedicar ao blog que, nos últimos tempos, tinha andado um pouco abandonado e muito pouco à altura daquilo que para ele pretendo, um site de cada vez maior excelência sobre este hobby fantástico que é a aquariofilia. Pelo que vou tentar que este primeiro post seja particularmente interessante, razão pela qual vou nele expor o meu mais recente projecto, do qual estou especialmente orgulhoso: um nano “biótopo” de água fria! Primeiro deixo aqui o setup e de seguida tentarei comentar os aspectos mais interessantes do aqua.

Substrato:
Lavalite, diversos seixos médios de rio.

Equipamento:
Dymax Clip Lighting de 11 Watts.
Filtro externo de cascata Jebo 501 Mini filter de 250 l/h, material filtrante de esponja e EHEIM Substract pro, com oxigenação por agitação.
Aquário de “água fria” sem termóstato.
Termómetro interno.

Flora:
Musgo de Java (Vesicularia dubyana), altura de +5 cm, largura de +5 cm, luz muito baixa a muito alta, temperatura de 15-28 °C, pH de 5-9, crescimento lento, origem na Ásia.

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Ceratophyllum demersum, altura de 5-+80 cm, largura de 5-+15 cm, luz muito baixa a muito alta, temperatura de 10-28 °C, pH de 6-9, crescimento rápido, origem cosmopolita.

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1 Cladophora aegagropila, altura de 3-10 cm, largura de 3-10 cm, luz muito baixa a alta, temperatura de 5-28 °C, pH de 6-8.5, crescimento muito lento, origem na Europa e Ásia.

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Fauna:
Casal de Medakas Japoneses, (Oryzias latipes), comprimento máximo de 4 cm, temperatura de 18-24 °C, pH de 7-8, origem na Ásia – Japão, China, Coreia.

5 Vairões de Montanha da Nuvem Branca (Tanichthys albonubes), comprimento máximo de 4 cm, temperatura de 8-25°C, pH de 6-8, origem na China.


Havia já muito tempo que tinha vontade de fazer qualquer coisa com peixes de "água fria" que não se resumisse a um aqua de Carassius auratus, um pouco uma vontade de provar que existe "vida" para além dos aquários tropicais e que com água fria (os parentes pobres da aquariofilia) se podem fazer coisas tão interessantes como com os tropicais; este é um nano, pelo que me restringi a animais pequenos, no entanto tenho a sensação de que ainda só estou a começar no que toca a espécies não-tropicais - as hipóteses são tantas... há muitos peixes de regiões temperadas que na minha opinião não ocupam o lugar que merecem no hobby. Seja como for este é um meu primeiro esforço exploratório deste conceito, que gostaria muito de ver ganhar uma projecção maior, pois já li sobre biótopos de água fria, especialmente chineses, de rios de montanha, em alguns sites e livros mas confesso que nunca vi ninguém que tivesse montado um, vi já também "micro-nanos" com camarões de Nuvens Brancas que eram essencialmente plantados e os animais estavam lá apenas como adereço, mas não considero isso própriamente um aqua de água fria no sentido em que vinha falando.
Neste aqua utilizei um Aquapor de 15 Litros, daqueles que toda a gente já teve mas de que ninguém gosta (incluindo eu) :P, nele fiz uma pequena adaptação, mais de motivos estéticos mas também funcionais, que foi retirar o bordo plástico superior do aqua onde encaixam a calha e a tampa (uma tarefa que nao desejo a ninguém, que me ocupou cerca de duas horas enfiado na banheira com uma lâmina de barbear que não resistiu à experiência!), já que não ia utilizar nem uma nem outra - este será um aquário aberto, com filtro externo e iluminação de mini-calha.
Ou seja, um paraíso de água fria em ponto pequeno! Não será propriamente um plantado, já que a enfase está nos peixes, mas terá bastantes plantas; nisto entra uma ideia "alargada" de biótopo, toda a vegetação será de origem asiática e escolhida com a preoupação de suportar bem um ambiente temperado e que funcionassem bem num espaço de 15 litros. Convém mencionar que procurei escolher plantas que não fossem demasiado complicadas ou "esquisitas" e selecção recaiu sobre: Vesicularia dubyana, Ceratophilum demersum, Urtricullaria graminifolia (quanto a esta planta trata-se da minha primeira experiência com ela, mas tem reputação de não ser muito exigente) e uma Cladophora aegagropila. Coloquei também uns rebentos de Eleocharis acicularia, à experiência, que restaram de uma planta que moribunda doutro aqua e que, tenho esperança, neste aqua se venha a dar bem.
A iluminação é uma Dymax Clip Lighting de 11 watts, de preço bastante em conta e uma intensidade bastante agradável para 15 litros brutos - gosto especialmente do facto de me permitir manter o aquário aberto. E como no que respeita a nanos a poupança do espaço interno é uma ideia-chave, optei por um pequeno filtro externo de cascata, um Jebo 501; ainda andei a namorar os da Eheim mas para além de o mais pequeno (o 100 se não me engano) ter ainda demasiada força, são um pouco maiores e um pouco mais caros. Uma área em que pisei terrenos desconhecidos foi com o substracto, estando eu farto do areão de rio comum, não sentindo grande afinidade com a ideia de dar os olhos da cara por um substracto fértil comercial, e tendo a ideia fixa de que queria experimentar um substracto escuro, resolvi optar por 2 kilos de lavalite.
Este é o resultado final:

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Um plano geral do aqua.

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Agora um plano de pormenor.

2 comentários:

AQUARIOMANIA disse...

SEU BLOG ESTÁ MARAVILHOSO !!!
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UM ABRAÇO ,
MARCELO
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FreddyLx disse...

Porque não experimentas uns Red Cherrys ou qualquer outra caridina, são facilmente adaptáveis a qualquer temperatura e dão um look fantástico, só por si uma justificação para uma montagem! Estou a montar um nano de 6,5L sem termostato, apenas com anubias nana, egeria densa e vesicularia, a única fauna será red cherrys. Isto porque no meu aqua principal 230L eles são praga... mas uma praga muito bonita e útil ;)