20 de janeiro de 2010

Vivíparos

Tinha pensado escrever este post como um resumo do que ocorreu desde o último que aqui escrevi, no âmbito deste meu regresso à aquariofilia, porém penso que um post sobre vivíparos resume bem isso, tal como os meus planos futuros. O que quero dizer é que o meu interesse por este tipo de peixes, que não é de agora, acentuou-se nos últimos tempos, especialmente na medida em que se tornou exclusivo. O colapso aquariófilo que descrevi no último post acabou assim por ter algum aspecto positivo: o de me permitir o focar apenas nestes peixes. Tenho ainda peixes de outros tipos, nomeadamente os Tanichtys albonubes (que provavelmente irei manter como única excepção no longo prazo, pois acabei por me afeiçoar a eles), uma fêmea de Betta splendens e um grupo de quatro Pseudomugil gertrudae - as duas espécies, agora arrependo-me um pouco de as ter adquirido, mas seja como for é provável que mantenha os gertrudes pelo menos até conseguir a sua reprodução, um objectivo que não é de agora, já a beta provavelmente irei oferecê-la a um parente uma vez que é um peixe fácil de cuidar.

O que adquiri entretanto foram dois grupos de poecilídeos, um de endlers (Poecilia wingei) e outro de Espadas (Xiphophorus hellerii). Os endlers não consigo estar certo do seu grau de pureza, todavia tenho tantos motivos para acreditar que são puros como que são híbridos de guppy, na verdade o seu comportamento tem pouco de guppy e bastante de endler, pelo que é possível que sejam puros. Já os espadas, de selvagem têm apenas o aspecto, que foi o que me fascinou, já tinha visto fotos de espadas selvagens e estes se não são iguais estão muito próximos, o que me parece provável é que seja um caso de regressão para o fenótipo selvagem, por via de uma reprodução em cativeiro sem intervenção humana, em termos de selecção. Mas para mais sobre este assunto o melhor é ver o tópico que criei no Fórum Aquariofilia.
















Os espadas (Xiphophorus hellerii) de coloração selvagem.

















Um dos 3 machos endler (Poecilia wingei) que adquiri, com uns Tanichtys albonubes a espreitar.

Uma das coisas que há em comum com estes dois casos é o facto de serem fenótipos selvagens - além de serem vivíparos claro - o que não é mais afinal do que uma manifestação do meu interesse por espécies raras e "selvagens" de vivíparos.

Dito isto, estou com planos de brevemente adquirir mais algumas outras espécies, objectivo para o qual tenho estado a preparar os aquários que fui reactivando (isso é matéria para outro post), algumas das que me têm estado a fascinar e cuja obtenção e manutenção penso que é viável: Xenotoca eiseni, Poecilia salvatoris e Limia tridens; outra é a Poecilia reticulata, mas tratam-se de exemplares originários de uma população selvagem, mas verei com tempo como vou organizar isso. Tenho que resolver-me quanto a passagem das amecas para o aquário maior ou não, o problema é que são uns bichos truculentos que podem stressar espécies mais sensíveis, e se o aquário onde estão agora acaba por ser um pouco pequeno para elas, se as passar para o maior é possível que não consiga lá meter mais nenhuma espécie.