Isto são ideias relacionadas mais concretamente com o blog, ligadas com o hobby o meu próximo projecto é tentar criar uma espécie com consistência e sucesso, só ainda não me consegui foi decidir por qual - Nuvens Brancas, Guppies, Mollies? Ou alguma que ainda não me tenha ocorrido. Queria uma espécie que apresentasse algum desafio (no caso dos guppies o desafio seria o aspecto selectivo) mas que não fosse extremamente complexa de criar, já que os meus recursos de espaço e financeiros são muito limitados neste momento. :)
Aqui falarei de tudo o que se relacione com aquariofilia de água doce com ênfase especial na manutenção de vivíparos selvagens das famílias Goodeidae e Poeciliidae, bem como a recriação dos biótopos naturais onde podem ser encontrados.
28 de maio de 2006
Ideias para o futuro
Isto são ideias relacionadas mais concretamente com o blog, ligadas com o hobby o meu próximo projecto é tentar criar uma espécie com consistência e sucesso, só ainda não me consegui foi decidir por qual - Nuvens Brancas, Guppies, Mollies? Ou alguma que ainda não me tenha ocorrido. Queria uma espécie que apresentasse algum desafio (no caso dos guppies o desafio seria o aspecto selectivo) mas que não fosse extremamente complexa de criar, já que os meus recursos de espaço e financeiros são muito limitados neste momento. :)
25 de maio de 2006
Tetra Cobre (Hasemania nana)
Tetra Cobre (Hasemania nana)
Lütken, 1875
A foto já apareceu num post anterior, é um dos exemplares de que sou o orgulhoso dono.
Ordem: Characiformes.
Sinónimos: Tetragonopterus nanus, Hemigrammus nanus, Hasemania marginata, Hasemania melanura.
Origem: Originários do Brasil, das bacias dos rios São Francisco, Purus, Orinoco, Amazonas e Iguaçu.
Habitat natural: Rios de água doce e algo agitada.
Descrição: São pequenos peixes com a forma alongada e elegante típica dos tetras e com uma cor de amarelo dourado. Têm as pontas das barbatanas dorsal, ventral e caudal com pontas brancas, característica morfológica marcante donde deriva o seu nome inglês de “silvertip”, além disso possuem uma mancha negra alongada junto à parte central da barbatana caudal. Não têm a barbatana adiposa característica dos caracídeos.
Comprimento máximo: 4 cm.
Dimorfismo sexual: Não é, à primeira vista, muito pronunciado, no entanto, tomando um pouco de atenção é fácil fazer a distinção dos sexos já que os machos têm uma coloração de um amarelo mais vivo enquanto que as fêmeas são de um amarelo mais acastanhado e de brilho mais baço. Além disso as fêmeas tendem a ter um corpo mais arredondado do que os machos, e a ponta da barbatana anal que nos machos é branca nas fêmeas é amarelada.
Esperança de vida: 5 anos.
Temperatura: 22 a 28 ºC (25 ºC para reprodução).
pH: Ácido a neutro, 5.5 – 7.
Dureza da água: Macia a moderadamente dura, 4 – 10° dGH.
Dieta: São omnívoros, no entanto, devem ser alimentados preferencialmente com carne, artémia, larvas vermelhas ou tubifex, por exemplo. Aceita tudo o que se oferece, alimentos em floco, vivos, liofilizados ou congelados.
Horas de actividade: São diurnos.
Aquário: Deve ter pelo menos 60 cm já que estes são peixes algo hiperactivos e nadadores extremamente velozes, além disso é conveniente que sejam mantidos em pequenos cardumes de 5 indivíduos pelo menos. O aquário deve ser plantado deixando também áreas livres para nadar, e ter alguma corrente, contra a qual os Tetras Cobre gostam de nadar. São aconselháveis plantas flutuantes que atenuem um pouco a intensidade da iluminação, o que permite acalmar os peixes bem como realçar a sua coloração. Pode ser recomendável utilizar turfa no sistema de filtragem.
Zonas do aquário: Meio.
Sociabilidade: São peixes sociais que são no entanto hiperactivos e curiosos, o que pode criar problemas a espécies mais calmas ou tímidas com que partilhem o aquário. Têm tendência a, movidos pela curiosidade, por vezes mordiscar a cauda de outros peixes, especialmente se estes forem vistosos (como os guppies, por exemplo). Serem mantidos em grupos grandes pode ajudar a diminuir este comportamento para com outras espécies. São peixes que, em princípio, não darão problemas em aquários comunitários.
Variedades: Não são conhecidas.
Reprodução: São ovíparos e não é a espécie mais fácil de reproduzir. Se se tratar de um aquário comunitário este deve ser espaçoso pois os machos podem-se tornar territoriais durante o período de acasalamento. A alternativa preferível é a deslocação do casal para um aquário próprio (com areão grande ou uma rede no fundo que permita aos ovos serem depositados longe do alcance dos pais que os devorariam) que poderá ser mais pequeno – além disso separar um par num aquário pode incitar à reprodução bem como tornar mais fácil o controlo da sua alimentação que deve, especialmente neste período, ser rica e variada. A água deste aquário deve ser ligeiramente ácida com um pH de 6,5 e a temperatura de cerca de 25 ºC. Após a postura os pais devem ser retirados do aquário.
Os ovos têm cerca de 1 mm e são bastante aderentes. Entre 24 a 36 horas após a postura dá-se a eclosão e os alevins nascem com uma cor transparente, e após cerca de 5 dias começam a nadar livremente. A alimentação não levanta grandes problemas pois os alevins nascem com saco vitelino de que se alimentam num período inicial, após este período pode-se começar a alimentá-los com infusória, náuplios de artémia ou alimento seco triturado em pequenos pedaços.
Setup nº4
Seja como for aqui fica o setup e uma foto do aqua. Postei também uma foto dos seus habitantes mas achei melhor colocá-la no post que trata da sua espécie, as Jordanelas.
Substracto:
Areia branca, várias pedras vulcânicas castanhas.
Equipamento:
Lâmpada fluorescente 15 Watts e 6400 k.
Filtro interno Aqua Szut de 260 l/h com oxigenação, material filtrante de esponja e EHEIM substract pro.
Termoestato de 25 Watts.
Termómetro interno.
Flora:
1 Lobelia cardinalis, altura de 20 – 30+ cm, largura de 7 – 15 cm, luz média a muito alta, temperatura de 15 – 26 °C, pH de 6-8, crescimento lento, origem na América do Norte.
2 Sagittara teres, altura de 10 – 15 cm, largura de 4+ cm, luz média a muito alta, temperatura de 20 – 26 °C, pH de 5,5 – 8, crescimento lento, origem na América do Norte.
2 Echinodorus quadricostatus, altura de 10 – 15 cm, largura de 15 – 20+ cm, luz média a muito alta, temperatura de 20 – 28 °C, pH de 6 - 9, crescimento rápido, origem na América do Sul.
Casal de Jordanelas (Jordanella floridae), comprimento máximo de 6 cm, temperatura de 18-30 °C, pH de 6,7 – 8, origem nos E.U.A., Florida.
24 de maio de 2006
Ponto da situação
23 de maio de 2006
Internacionalização
Só hoje comecei isto e vou ainda ter algum trabalho pela frente até que o site novo esteja a funcionar bem e que os dois estejam interligados e a funcionarem como um só. Daqui a uns dias já se deve ver qualquer coisa!
22 de maio de 2006
Jordanela (Jordanella floridae)
Jordanela (Jordanella floridae)
Goode & Bean, 1879
Um exemplar macho.
Família: Cyprinodontidae.
Subfamília: Cyprinodontinae.
Sinónimos: Cyprinodon floridae.
Sinónimos comuns: Peixe bandeira-americana, e em inglês: Flagfish, American flagfish, Florida flagfish.
Origem: Identificado pela primeira vez nos E.U.A., na Florida nos rios St. Johns e Ochlocknee. As populações mais significativas encontram-se no centro e sul desse estado norte-americano.
Mapa do estado Norte-americano da Florida indicando locais onde foi identificada a presença da espécie.
Habitat natural: Cursos de água rasos e pouco agitados, de água doce ou salobra, com vegetação.
Descrição: O corpo é mais curto e “comprimido” do que é normal na maioria dos ciprinodontes. Os machos São bastante coloridos. Tanto os machos como as fêmeas têm uma mancha iridescente verde clara em cada escama. O macho tem riscas vermelhas ao longo do corpo formando um “fundo” que contrasta com as escamas verdes e uma zona azulada no quadrante superior junto à cabeça. As cores podem ser mais ou menos intensas conforme o peixe viva num ambiente ajustado às suas necessidades ou não; estas são no geral muito susceptíveis de alterações – que também surgem relacionadas com rituais de acasalamento.
Comprimento máximo:
Dimorfismo sexual: As barbatanas dorsal e ventral do macho são um pouco maiores e de tom avermelhado. As fêmeas têm uma pequena mancha escura junto à ponta da barbatana dorsal e são, no geral, menos coloridas tendo um tom verde ou acastanhado.
Ilustração assinalando as características dimorfas da espécie; há que assinalar que a pigmentação da mancha na zona lateral do corpo do macho está demasiado esbatida e a ausência da mancha característica das fêmeas na sua barbatana dorsal.
Esperança de vida: 3 anos em aquário e 5 em condições naturais óptimas.
Temperatura:
pH: Ligeiramente ácido a ligeiramente alcalino, 6.5 – 8.
Dureza da água: Dura a moderadamente dura, 6 – 10° dGH.
Dieta: Matéria vegetal deve ser o grosso da sua dieta mas, no entanto, são omnívoros e podem comer comidas secas ou vivas. São excelentes devoradores de algas (filamentosas e castanhas incluídas) que devem constituir parte da sua dieta. São também conhecidos por devorarem as plantas mais frágeis do aquário quando não existem outros alimentos disponíveis.
Horas de actividade: São diurnos.
Aquário: São killis e como tal são peixes que se dão bem em áreas relativamente pequenas, ainda que todos os peixes prefiram ter bastante espaço. Se se mantiver apenas um casal um aquário de
Zonas do aquário: Todas.
Sociabilidade: São relativamente pacíficos, os problemas que podem ocorrer prendem-se com o facto de os machos serem territoriais e poderem defender ferozmente o seu território de outros machos, mas num aquário grande podem ser mantidos vários machos sem problemas; além disso são pais cuidadosos com os seus ovos e com a sua prole, que defendem de outros peixes vigorosamente. Também podem mostrar beligerância durante o processo da corte.
Variedades: Não são conhecidas, é no entanto por vezes confundido com um seu parente, o Peixe bandeira do Iucatão (Garmenella pulchra), geralmente de temperamento mais agressivo.
Reprodução: São ovíparos e reproduzem-se com facilidade e numa diversidade grande de condições (são uma espécie especialmente adaptável), necessitando apenas de estarem aclimatados. A elevação da temperatura no aquário pode, por vezes, induzir à reprodução. São preferíveis aquários pouco profundos ou com plantas flutuantes já que esta espécie procura depositar os ovos junto à superfície. Em tanques rasos a presença de plantas é igualmente importante para a colocação dos ovos. Musgo de Java ou um mop podem também ser aconselháveis para permitir a colocação dos ovos.
As fêmeas depositam os ovos junto às plantas em pequenos grupos de 5 ou 6 de cada vez e no final de uma postura podem-se contar até cerca de 350 ovos. A postura dos ovos demasiado abaixo da superfície pode ser prejudicial para os alevins que, assim que nascem, procuram vir à superfície encher de ar a bexiga-natatória – o que pode fazer a diferença entre um posterior desenvolvimento saudável do alevim ou não.
Após a postura o macho vigia e cuida de preservar o bom estado dos ovos, mantendo também a fêmea afastada o que pode levá-lo a agredi-la, pelo que eventualmente pode ser aconselhável a remoção desta do aquário. A eclosão dá-se entre 6 e 9 dias após a postura, preferencialmente a uma temperatura de cerca de 25 ºC. Os alevins nadam livremente após
A Jordanella floridae é o único ciprinodonte que protege a sua prole.
Comportamento: É um peixe pacífico (ainda que possa ser algo territorial quando se trata de interacção entre machos da espécie) e que podem viver um grupos desde que as fêmeas sejam em maior número – o ideal serão várias fêmeas para apenas um macho no aquário. São peixes que, quando formam um casal, passam muito do seu tempo juntos em manifestações de “afecto” e raramente desaparecem da vista um do outro. É uma espécie que em aquários comunitários pode tornar-se tímida perante companheiros de aquário mais hiperactivos ou agressivos, podendo os indivíduos em casos mais extremos definhar.
Como peixe essencialmente vegetariano que é, passa muito do seu tempo passeando em busca de algas para comer, não as encontrando muitas vezes encara as plantas do aquário como alternativa viável.
História e curiosidades: Foi descrito pela primeira vez em 1879 e foi baptizado com o nome genérico de Jordanella em homenagem a David Starr Jordan, um famoso zoólogo americano e primeiro presidente da Universidade de Stanford. Foram anteriormente identificados erradamente como ciclídeos.
São peixes que nos aquários das lojas raramente mostram as suas verdadeiras cores, mantendo cores entre o castanho e o verde algo indiferenciadas que, assim que se encontram num aquário com melhores condições se alteram para uma coloração espectacular.
O seu nome inglês de “American flagfish” deriva das semelhanças que a sua coloração e a forma como esta está disposta apresenta com a bandeira dos E.U.A.; é, curiosamente, uma espécie mais apreciada pelos aquaristas europeus do que pelos do seu país natal.
20 de maio de 2006
Expansão de actividades
19 de maio de 2006
Ameca (Ameca splendens)
Sinónimos: Víviparo-Borboleta, e em inglês: Butterfly Splitfin, Butterfly Goodeid.
Origem: No México, identificado pela primeira vez no rio Teuchitlan perto da vila de Teuchitlan e do rio Ameca junto à costa Pacífica do México Central.
Ordem: Cyprinodontiformes.
Família: Goodeidae.
Subfamília: Goodeinae.
Habitat natural: Cursos de água e rios nas terras altas do México Central.
Descrição: A cor dominante é um cinzento metálico. Os machos são mais coloridos e iridescentes com tonalidades que variam entre o azul e o verde metálicos, o corpo é atravessado por uma risca horizontal difusa de pigmentação mais escuras. As barbatanas são pouco coloridas com a excepção da caudal que, nos machos, apresenta uma risca negra seguida de uma amarela no rebordo da barbatana.
Comprimento máximo: 8 cm nos machos e 12 cm nas fêmeas.
Dimorfismo sexual: As fêmeas têm geralmente uma pigmentação diferente onde predominam pequenos pontos negros distribuídos com um bom grau de uniformidade ao longo do corpo. O machos tem a barbatana caudal bordada com uma lista amarela antecedida por uma negra - esta lista amarela tende a ser mais viva nos machos dominantes, pode até acontecer que apenas um macho dominante tenha a lista amarela e os outros machos não a tenham de todo. Os machos têm alguns dos raios anteriores da barbatana anal semi-separados do restante da barbatana (desta característica deriva a denominação inglesa de “Splitfin”, aplicada a algumas espécies de Godeídeos que partilham desta característica) formando o órgão reprodutor, um gonopódio “primitivo” – o andropódio.
Um macho onde se notam as riscas negra e amarela na extremidade da barbatana caudal.
Esperança de vida: Cerca de 5 anos.
Temperatura: 24 a 32 ºC (25 ºC para reprodução).
pH: Ligeiramente ácido a ligeiramente alcalino, 6.5 – 8.
Dureza da água: Dura a macia, 5 – 19° dGH.
Dieta: A dieta deve ser em boa medida composta por vegetais, é no entanto omnívoro. É reconhecido pelo seu apetite por algas, que devem fazer parte da sua dieta. Aceita comida em flocos, viva ou congelada. Pode alimentar-se das plantas menos resistentes do aquário caso não existam presentes outros alimentos.
Hora de actividade: São diurnos.
Aquário: Pelo menos com 60 cm de comprimento, não são nadadores extremamente rápidos mas gostam de percorrer grandes distâncias dentro do aquário. Além disso, caso exista mais do que um macho, manifesta-se uma tendência para a definição de uma hierarquia no grupo e para a territorialidade que pode levar a que o macho dominante assedie bastante os outros se estes forem em número reduzido, pelo que estes devem ter espaço para se refugiarem ou em alternativa estarem presentes em número suficiente para que a agressividade do macho dominante seja difusa – neste caso será necessário um aquário de maiores dimensões.
Zonas do aquário: Fundo, meio e superfície.
Sociabilidade: São peixes pacíficos que não arranjam problemas com peixes de outras espécies mas podem, no entanto, ser agressivos e territoriais com machos da própria espécie. São por vezes hiperactivos, o que pode intimidar outros peixes.
Variedades: Existem algumas linhagens criadas por reprodução selectiva onde existe ligeira variação de cores e padrão.
Um exemplar fêmea de uma linhagem de reprodução selectiva.
Reprodução: São vivíparos e reproduzem-se com facilidade desde que a água tenha condições favoráveis (caso as condições se deteriorem as fêmeas "interrompem" a gestação). As fêmeas atingem a maturidade sexual aos 3 meses de vida e o período de gestação dura cerca de 60 dias, após os quais as fêmeas só podem engravidar com novo acasalamento, já que esta espécie de vivíparos, ao contrário do que é comum entre estes, não tem a capacidade de armazenar esperma de acasalamentos anteriores. O aquário deve ter esconderijos que permitam às fêmeas que estão a parir refugiarem-se e não serem importunadas pelas outras.
Os alevins muitas vezes não ultrapassam a dezena quando se trata de fêmeas jovens, com fêmas adultas (10 a 12 cm) estas podem parir entre 20 a 30 alevins que nascem já com dimensões consideráveis (ao contrário do que acontece com os vivíparos mais comuns) entre 1 e 2 centímetros de comprimento, o que explica o, relativo, reduzido número de cada ninhada. Estes nascem com cordões umbilicais (trofoténia) que desaparecem após 2 ou 3 dias.
Os pais não perseguem os alevins. Devido ao seu tamanho à nascença a sobrevivência dos alevins não apresenta grandes problemas, bem como a sua alimentação que pode ser constituída por pequenos flocos ou artémia.
Comportamento: São peixes curiosos e bastante activos. Têm rituais acasalamento e competição entre machos (que lutam de forma que pode ser bastante agressiva para estabelecer uma hierarquia entre si) interessantes e complexos. Os machos dominantes podem definir e defender territórios. Preferem aquários com alguma vegetação, rochas e raízes que sirvam de esconderijos. A presença de algas é importante para a sua alimentação, à imagem do que sucedia no seu habitat natural.
História e curiosidades: O seu nome “splendens” significa brilhante em Latim e refere-se à sua coloração brilhante e metálica. A sua descrição foi publicada em 1971. Pensa-se que hoje se encontra extinto no seu habitat natural. É uma espécie particularmente apreciada pela sua eficácia a devorar algas.
17 de maio de 2006
Fotos do setup nº2
Baixa
Setup nº3
O belo Pitbull (Parotocinclus jumbo) a relaxar junto ao jacuzzi. Tenho que lhe arranjar um nome.
Um dos elementos do trio de Silvertips (Hasemania nana) a investigar o canto do aqua.
Oto (Otocinclus affinis) espreita o mundo à superfície.
Substracto:
Sera Floradepot, areão de rio médio, ADA Bright Sand.
Lâmpada Power-Glo de 15 Watts.
Filtro de interno EDEN 325 de 500 l/h com oxigenação, material filtrante de esponja e EHEIM substract pro.
Termoestato de 50 Watts.
Termómetro interno.
1Anubias barteri var. nana, altura de 5 -15 cm, largura de 8+ cm, luz muito baixa a média, temperatura de 20 - 30 °C, pH de 5,5 - 9, crescimento muito lento, origem nos Camarões.
1 Microsorum pteropus "Windelov", altura de 10 – 20+ cm, largura de 10 – 18+cm, luz muito baixa a alta, temperatura de 18 – 30 °C, pH de 5 – 8, crescimento lento, origem na Ásia.
1 Lilaeopsis macloviana, altura de 30 – 50+ cm, largura de 3+ cm, luz baixa a muito alta, temperatura de 20 – 30 °C, pH de 6 – 7,5, crescimento rápido, origem na América do Sul.
2 Cryptocoryne wendtii "brown", altura de 15-20 cm, largura de 10-15 cm, luz muito baixa a alta, temperatura de 20-30 °C, pH de 5,5-8, crescimento médio, origem no Sri Lanka.
2 Hygrophila guianensis, altura de 15 – 40 cm, largura de 15 – 20 cm, luz alta a muito alta, temperatura de 20 – 30 °C, pH de 6 – 8, crescimento rápido, origem na América do Sul.
1 Valisneria (Vallisneria spiralis), altura de 30-55 cm, largura de 5+ cm, luz baixa a muito alta, temperatura de 15-30 °C, pH de 6-9, crescimento rápido, origem na Ásia.
2 Sagittaria platyphylla, altura de 15 – 40 cm, largura de 10 – 25 cm, luz baixa a muito alta, temperatura de 19 – 26 °C, pH de 5,5 – 8, crescimento médio, origem na América do Norte.
1 Cladophora aegagropila, altura de 3 – 10 cm, largura de 3 – 10 cm, luz muito baixa a alta, temperatura de 5 – 28 °C, pH de 6 – 8,5, crescimento muito lento, origem na Europa e Ásia.
Fauna:
Casal de Mollies Dálmatas (Poecillia sphenops), comprimento máximo de 7 cm nos machos e 10 cm nas femêas, temperatura de 18 – 28 °C, pH de 7,5 – 8,5, origem na América do Sul e Central.
Mudanças
Há algumas novidades dignas de nota. Ao ver-me com o novo aquário de 54 litros e dominado pela sensação de que ter quatro aquários num quarto de cerca de 6 m² é capaz de ser demais, resolvi desmontar o aqua de 15 litros e proceder algumas trocas de peixes entre os aquas. Os Guppies e os Nuvem Branca passaram para o de 20 lt., os habitantes desse com excepção dos Amano, passaram todos para o aqua novo. Os Amano foram todos para o de 20, onde agora são em número de nove; tiveram que ir todos para o de 20, pois deram-se mal quando os pus no de 54 e estava a ver que lhes dava a todos uma coisa ruim – o aqua ainda não está ciclado e estou a fazer TPAs todos os dias, mas parece que os Amano são especialmente sensíveis. Já as Ampulárias também foram as do de 30 e do de 15 para o novo.
Conclusão: continuo com três aquas, mas neste momento as coisas estão bem mais espaçosas para os peixes e manejáveis para mim.
O.K., vou editar os setups que já postei e colocar a seguir o novo no ponto já praticamente definitivo em que se encontra.
14 de maio de 2006
Vairão da Montanha da Nuvem Branca (Tanichthys albonubes)
Lin, 1932
Três exemplares de Vairões da Montanha da Nuvem Branca (Tanichthys albonubes).
Sinónimos Científicos: Aphyocypris pooni.
Sinónimos Comuns: Falso Néon, Néon Chinês, Danio Chinês, em inglês: White Cloud Mountain Minnow.
Origem: Na China, nas regiões de Cantão (Montanhas da Nuvem Branca) e Hong Kong, onde posteriormente foi considerado extinto ainda que tenham sido recentemente, alegadamente, encontrados alguns exemplares em estado selvagem (ver em: http://en.wikipedia.org/wiki/Tanichtys_albonubes). Terão também sido encontradas (provavelmente introduzidas) populações noutros pontos da Ásia onde estas subsistem em estado selvagem, nomeadamente no Vietname.
Ordem: Cypriniformes.
Família: Cyprinidae.
Habitat natural: Cursos de água limpa e oxigenada em regiões elevadas e temperadas.
Descrição: De cor prateada-esverdeada com barbatanas caudais e dorsais vermelhas com bordas esbranquiçadas, bem como as barbatanas pélvicas e anais. A própria barbatana caudal é na sua maioria branca e tendo junto ao corpo do peixe um pequeno ponto negro. O corpo é esguio e atravessado por uma risca brilhante, cuja cor varia entre o amarelo e o rosa.
Comprimento máximo: 5 cm nos machos e nas fêmeas.
Dimorfismo sexual: É pouco pronunciado em exemplares juvenis ou mal alimentados, os machos têm cores ligeiramente mais fortes e são mais esguios que as fêmeas que têm um abdómen mais arredondado, em exemplares bem aclimatados e alimentados o dimorfismo é evidente no abdómen das fêmeas que é muito mais volumoso que o dos machos.
Esperança de vida: De 2 a 3 anos (havendo, no entanto, relatos de exemplares que, alegadamente, viveram cerca de 10 anos na seguinte fonte: http://www.fishpondinfo.com/wcmm.htm).
Temperatura: 18 a 22 ºC (20 ºC para reprodução).
pH: Ligeiramente ácido a ligeiramente alcalino, 6.0 – 7.5.
Dureza da água: Dura a macia, 5 – 20° dGH.
Dieta: Omnívoros. Comida seca ou viva.
Hora de actividade: São diurnos.
Aquário: São aconselháveis pelo menos 60 cm de comprimento para que possam nadar e funcionar em cardume livremente e no seu esplendor máximo. É, no entanto, perfeitamente possível a sua manutenção em aquários mais pequenos, sem que isso traga problemas, desde que se tenham em conta as características e manutenção da qualidade da água. Visto ser uma espécie originária de águas temperadas (dita vulgarmente de "água fria") o aquário não necessita de aquecimento.
Zonas do aquário: Meio e superfície.
Sociabilidade: São peixes pacíficos e sociais e é conveniente que vivam em grupos de pelo menos 5 exemplares. Os cuidados a ter terão, porventura, que ver com o risco de serem atacados e comidos por companheiros de tanque agressivos ou de dimensão muito superior.
Variedades: Existem duas a serem cultivadas neste momento: a “Meteor” que possui barbatanas mais longas e é mais antiga, tendo surgido nos anos 50, e a “Golden Cloud” com uma cor dourada, que surgiu nos anos 90. O cruzamento entre estas duas variedades produziu já uma nova variedade, a "Golden Meteor Minnow".
Um exemplar da variedade "Meteor".
Reprodução: São ovíparos – uma das espécies mais fáceis de reproduzir em aquário (são mesmo considerados, possivelmente, a espécie ovípara mais fácil de criar em cativeiro pelo que muitas vezes são aconselhadas como indicadas para principiantes). O procedimento para a reprodução consiste em colocar um casal jovem num pequeno aquário (cerca de 1 dezena de litros será suficiente) onde estes irão depositando ovos ao longo de alguns dias; a postura ocorre em várias “levas” de algumas dezenas de ovos (estas poderão em alguns casos atingir as centenas).
O pH deverá ser entre 6 e 7.5 e a temperatura de cerca de 20 ºC. Os progenitores poderão por vezes comer os próprios ovos, pelo que é aconselhável fornecer alguma forma de protecção aos mesmos, areão grande entre o qual os ovos fiquem depositados e protegidos, uma rede que impeça os pais de alcançá-los no fundo do aquário, ou simplesmente colocar Musgo de Java (Vesicularia dubyana) para servir de protecção aos ovos. É perfeitamente possível a reprodução no aqua principal utilizando vegetação densa, entre a qual se conta o Musgo de Java, sendo que neste caso é aconselhável que o aquário não tenha outras espécies de peixes que possam comer os ovos ou os alevins.
Os alevins nascem cerca de 2 dias após a postura dos ovos, após o que será aconselhável a remoção dos pais do aquário de reprodução.
A alimentação dos alevins deverá ser iniciada cerca de 1 semana após a postura dos ovos, quando estes já nadem livremente, e deverá consistir de infusória. Após poucos dias pode-se passar a dar artémia.
A ver também o artigo muito interessante: How to Breed White Clouds, no site da revista Practical Fishkeeping.
Comportamento: São peixes pouco exigentes e algo resistentes. Preferem aquários plantados com alguma corrente, à semelhança do que acontece nos cursos de água em altitudes elevadas que constituem o seu habitat natural originário. Vivem em cardumes. A temperatura tem influência na coloração do peixe que com a temperatura acima dos 25° C começam a perder cor. O stress influência também a coloração.
História e curiosidades: Esta espécie terá sido identificada nos anos 30 no Sul da China em Cantão por um chefe escuteiro, de nome Tan, durante uma saída de campo em que recolheu alguns exemplares, que posteriormente entrega a um biólogo de um instituto de pesquisa da região, este em 1932 publica a descrição da espécie – que é baptizada pela nomenclatura binomial de Lineu, em homenagem ao seu descobridor, de Tanichthys albonubes, que em Latim significa algo como “o peixe de Tan das Nuvens Brancas”.
É hoje uma das espécies de aquário produzidas massivamente em países asiáticos e consequentemente uma das mais baratas e maltratadas, sendo por vezes utilizada para alimentar outros peixes.
13 de maio de 2006
Foto nova e aqua novo
Este aqua ficou hoje sem o pé de Hygrophila guianensis que lá tinha, é que comecei hoje a montagem de um aqua novo de 54 litros que, inesperadamente comprei a um amigo por um preço simbólico. :)
Já agora, uma foto do novo aqua no seu primeiro dia de funcionamento (acabei de o montar há 20 minutos) e ainda numa fase inicial do seu layout no que toca a vida vegetal. Aproveitei e pus lá a morar 4 Platies e 1 Guppie, que estavam em casa provisória e que tenho a intenção de mandar para um aqua de 70 litros.
12 de maio de 2006
Notas
Andei fazendo contas ao equilíbrio dos aquas e resolvi que o tipo de povoação neles não era a melhor, tanto em questões de quantidade como de equilíbrio de espécies que, não sendo mau, podia ser melhorado. Então resolvi mandar 4 Platies e 1 Guppie para um aqua de 70 litros que tenho nas Caldas da Rainha em casa da minha namorada e que está practicamente vazio; com isto, aqui o de 20 litros ficou um bocado mais espaçoso - com o casal de Mollies a desempenharem o papel de "personagem principal". :) Com o mesmo tipo de pensamento pus-me a olhar para o de 15 litros, que não está sobrepovoado mas sobre o qual não me consigo decidir sobre que espécie "âncora" nele hei-de fixar, tem neste momento uma Guppie e estou tentado a arranjar mais um casal da mesma linhagem (ou o mais semelhante possível) e manter no aqua um trio de Guppies. Claro que a questão da reprodução assusta-me um pouco já que não tenho propriamente muito espaço onde pôr um batalhão de Guppies. Tenho pensado sobre que outras opções tenho? Que espécie me possam interessar e que se dêm bem naquele aqua. Acho que vai ser uma ideia a desenvolver nos próximos dias.
Hoje há, infelizmente, a assinalar duas baixas: um Oto e um Nuvem Branca. Otos, já o segundo que me morre passado algum tempo de o ter no aquário, mas parece que neles isso é normal, é como que um período critíco ao qual muitos não resistem, seja como for terei que investigar mais sobre o assunto.
Hoje também, coloquei mais uma Eleocharis acicularis no aqua de 15 litros, o qual está um pouco diferente no aspecto geral. E não sei se não gosto mais de como estava antes.
Já ontem, tive que ir a Setúbal e aproveitei para fazer umas pequenas revitalizações no aqua de 15 litros que tenho lá e que tinha apenas 1 Nuvem Branca por morador neste momento. Levei mais 4 para lhe fazerem companhia e um casalito de Platies "Mickey Mouse" amarelos que cá tinha. Assim que puder coloco aqui o setup desse aqua.
Ainda hoje: foi dia de visita ao Oceanário, mas só isso é um grande post - que vai ter que ficar para amanhã!
10 de maio de 2006
Setup nº2
Setup nº2
Um plano parcial da frente do aqua.
Substracto:
Areão de rio pequeno, diversos seixos de rio.
Equipamento:
Lâmpada de 8 Watts Aqua-Glo.
Filtro de mochila com bomba Elite de 150 l/h, material filtrante de esponja e EHEIM substract pro.
Termoestato de 25 Watts.
Oxigenação com bomba Sicce AP2.
Termómetro autocolante.
Flora:
2 Cryptocoryne wendtii “Green Gecko”, altura de 5-10+ cm, largura de 8-10 cm, luz muito baixa (ou baixa ?) a alta, temperatura de 24-28 °C, pH de 6.2- 7.2, crescimento lento, origem no Sri Lanka.
1 Didiplis diandra, altura de 10-15 cm, largura de 2-4 cm, luz média a muito alta, temperatura de 20-26 °C, pH de 5-8, crescimento médio, origem na América do Norte.
1 Eusteralis stellata, altura de 15-25 cm, largura de 10-20 cm, luz alta a muito alta, temperatura de 22-28 °C, pH de 5-7, crescimento médio, origem na Ásia.
1 Microsorum pteropus 'Windeløv', altura de 10-20+ cm, largura de 10-18+cm, luz muito baixa a alta, temperatura de 18-30 °C, pH de 5-8, crescimento lento, origem na Ásia.
Fauna:
Casal de Ramirezis Dourados (Microgeophagus ramirezi), tamanho máximo de 7.5 cm para os machos e 5.5 para as fêmeas, temperatura de 25-29 °C, pH de 5-6.5, origem no Amazonas – Venezuela e Colômbia.
9 Neon Tetras (Paracheirodon innesi), comprimento máximo de 3 cm, temperatura de 20-28 °C, pH de 5-8, origem no Peru.
1 Ampulária Dourada (Pomacea bridgesii), diâmetro máximo de 6.5 cm, temperatura de 25 °C, pH de +-7, origem no Brasil.
1 Rã anã africana (Hymenochirus boettgeri), comprimento máximo de 6 cm, temperatura de 25 °C, pH de 7.5-7.8, origem no Brasil.
3 Camarões Amano (Caridina japonica), comprimento máximo de 5 cm, temperatura de 24 °C, pH de 6.7, origem no Japão